O escândalo do mensalão, no governo do ex-presidente Lula (PT), foi a justificativa apresentada pelo deputado federal Jorge Boeira, hoje no PP, para deixar o partido pelo qual havia chegado na Câmara dos Deputados rumo ao PSD. Uma promessa não cumprida pelo governador Raimundo Colombo (PSD), de levar uma unidade da UDESC para Criciúma, fez com que o parlamentar do Sul deixasse o novo partido rumo ao PP, sigla pelo qual se reelegeu em 2014. Agora, as vésperas de uma nova eleição, Boeira começa a viver um novo dilema partidário. Com voto aberto pelo afastamento do presidente Michel Temer (PMDB), o parlamentar vê seu partido negociar descaradamente, assim como outras siglas menores, apoio ao peemedebista em troca de cargos, favores e liberação de emendas. O comando do partido fará pressão em sua bancada para tentar salvar o governo Temer. Resta saber como Boeira irá lidar com essa situação. Uma nova mudança de partido complicaria e muito seu projeto eleitoral. O parlamentar está adaptado ao ambiente progressista catarinense, em plena sintonia com suas bases eleitorais. Ao que tudo indica terá que ter um estômago melhor, do que no passado, para digerir a nova situação.