Setor chave para o funcionamento das prefeituras, a secretaria de Administração e Finanças se tornou um problema para as prefeituras de Sombrio e, agora, de Balneário Gaivota. O então secretário, Márcio Abatti, deixou o comando da Pasta em Gaivota para assumir o cargo em Sombrio.
Para o lugar de Márcio, o prefeito Kekinha convocou a secretária Cintia Brigido, que estava a frente do Planejamento. Ela acumulará os cargos. Jovem, Cíntia teve sua primeira experiência em gestões públicas, fora da área jornalística, nas gestões dos ex-prefeitos de Turvo, Ronaldo Carlessi e Tiago Zilli, conquistando maior relevância no último mandato. Por conta disso, foi convidada por Kekinha a integrar seu governo, pela experiência adquirida na área de gestão de convênios, aonde vinha obtendo destaque. Entretanto, os novos desafios são complexos e a secretária terá também a missão de provar que está a altura do cargo.
Já em Sombrio, apesar da experiência do novo secretário o desafio é ainda maior. A prefeita Gislaine Cunha (MDB) irá para seu terceiro secretário em menos de seis meses de mandato. Média inferior a um secretário a cada dois meses. Prova de que falhou na montagem da equipe. A prefeita começou a gestão com Remi Scheffer nas Finanças e Ronaldo Dal Pont, na Administração. Pouco tempo depois, Ronaldo deixou o governo e Remi assumiu as duas pastas. Nesse intervalo, Márcio foi cotado, chegou a conversar com Gislaine, mas quem assumiu a Pasta da Administração foi Edson Borba, outro profissional com bastante experiência na área. Na sequência Remi, que presta assessoria em várias prefeituras da região, deixou as Finanças que passou a ser acumulada por Edson. Há cerca de uma semana o secretário também pediu a prefeita para sair. Desta feita, houve o acerto com Márcio na segunda tentativa e ainda uma tentativa de demover Edson a continuar no governo. Por enquanto ele auxilia na transição.
O clima nos bastidores do governo sombriense é bastante confuso. O que mais se percebe pelos corredores são comentários e intrigas por conta das constantes mudanças. O diagnóstico preliminar é que tem faltado voz de comando a prefeita e que ela estaria sendo muito suscetível a interferências externas, de vários agentes.
As assessorias de imprensa tentam dar uma roupagem as mudanças para suavizar as trocas, cumprindo com seu papel. Entretanto, a verdade é que os prefeitos estão trocando pneus com o carro andando, na expectativa de que seus governos "rodem" melhor. Aguardemos os resultados.
