Projeto da deputada Ana Paula capacita enfermeiras para inserção de DIU

A região Sul de Santa Catarina concluiu a primeira etapa do Curso de Capacitação para Inserção, Revisão e Remoção de DIU na Atenção Primária à Saúde (APS), uma iniciativa proposta pela deputada federal Ana Paula Lima (PT-SC). O projeto é operacionalizado pelo Núcleo de Capacitação em Saúde Sexual e Reprodutiva da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com apoio do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren/SC), da Secretaria Estadual de Saúde e da Defensoria Pública do Estado.

A formação tem como objetivo ampliar o acesso das mulheres ao DIU de cobre, método contraceptivo de alta eficácia, gratuito pelo SUS, que pode ser utilizado por até 10 anos e não contém hormônio. Além de garantir mais autonomia reprodutiva, a iniciativa fortalece a atuação da enfermagem na saúde da mulher, descentralizando procedimentos e aproximando-os da realidade das comunidades.

Resultados da primeira etapa

Na região Sul, nove enfermeiras da Atenção Primária em Saúde, de municípios como Sombrio, Araranguá, Praia Grande e Balneário Gaivota, foram capacitadas. O saldo é expressivo: 210 mulheres atendidas e 172 DIUs inseridos durante o período de prática, realizado entre julho e agosto.

O curso prevê a capacitação de 60 profissionais de enfermagem em Santa Catarina, com estimativa de 1.200 DIUs inseridos ao longo do projeto. A segunda etapa já está em andamento na região Norte do estado, contemplando os municípios de Araquari, São Francisco do Sul, Garuva e Barra do Sul, onde 15 enfermeiras estão sendo formadas e 300 DIUs devem ser inseridos.

Um avanço para o SUS e para as mulheres

Para a deputada Ana Paula Lima, a iniciativa representa um marco para a saúde reprodutiva no estado: “Esse projeto é mais do que um curso, é uma política de acesso e cuidado. Queremos garantir que as mulheres catarinenses tenham autonomia sobre seus corpos e acesso a métodos contraceptivos de forma gratuita, segura e próxima de suas casas. É a enfermagem fortalecida no SUS, cuidando da vida e da saúde das mulheres.”

Além de atender à demanda reprimida por métodos contraceptivos, o projeto se alinha às diretrizes nacionais de saúde da mulher, fortalecendo a Atenção Primária como porta de entrada do SUS e reduzindo barreiras de acesso.