Se individualmente, prefeitos e vices do MDB já manifestavam o desejo de apoiar a candidatura a reeleição do governador Carlos Moisés (Rep), a intenção agora está explicitamente colegiada. Este foi o saldo (previsto) da reunião de ontem, a portas fechadas, da bancada de deputados estaduais com prefeitos e vices do partido. Por unanimidade, ou, grande maioria, já que as informações se desencontram de acordo com o interlocutor que participou do encontro, os deputados levarão este "desejo" dos prefeitos a uma outra reunião, aí sim, com a participação dos deputados federais, ex-governadores, e o comando do partido.
Para o agora ex-prefeito e pré-candidato Antídio Lunelli, trata-se de uma situação desconfortável. Nem o gesto da renúncia foi capaz de aglutinar o partido. Na leitura de alguns emedebistas, talvez fosse o momento de Antídio praticar um gesto de humildade, aceitando uma candidatura a vice e, em caso de vitória, estadualizar seu nome pelos próximos quatro anos e candidatar-se em 2026. É uma hipótese.
Os prefeitos, por óbvio, estão preocupados com seus projetos locais, dependentes dos recursos do Caixa governamental. Moisés atendeu muitos em parte, porém, os valores maiores carecem desse comprometimento. Com o MDB parceiro, tudo ficaria mais fácil para ele.
Os prefeitos da AMESC seguiram pelo mesmo caminho já anunciado em janeiro (foto), quando ainda almejavam que o governador viesse para o "15". Mais uma confirmação de que a prévia solitária e a renúncia de Antídio, por hora, pouco valeram.
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