Presidente da Assembleia Legislativa, deputado Júlio Garcia (PSD), anunciou que dará sequência ao pedido de impeachment do governador Carlos Moisés (PSL) e da vice da Daniela Reinehr. Apesar de o escândalo que mais chamou atenção foi o da compra dos respiradores por R$ 30 milhões, com pagamento antecipado, o pedido aprovado se baseia em suposto crime de responsabilidade na concessão de aumento salarial a procuradores do Estado por meio de decisão administrativa, visando à equiparação com os salários dos procuradores da Alesc.
Para se livrar do afastamento por seis meses, que pode culminar com a sua cassação, Moisés precisa de 14 votos dos 40 parlamentares. Quem acompanha os bastidores da Assembleia garante que ele tenha menos de dez. Estranho é a vice estar arrolada no processo. Ambos terão 15 dias para defesa. A votação em plenário pode ocorrer a partir deste prazo e em até 60 dias. Até lá, governador e vice, hoje em lados opostos, terão que juntar forças para se manterem nos cargos. Se ambos forem afastados, o presidente Júlio Garcia assume provisoriamente o governo.
Dependendo de quando o processo for concluído, pode haver nova eleição ou escolha indireta entre os parlamentares.
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