Último dos dez debates entre os candidatos ao Governo do Estado, organizado e transmitido pela NSC TV, na noite de ontem, foi mais um palco para um "tiroteio cruzado", com poucas propostas e muitas acusações entre os participantes.
Uma acusação, porém, chamou atenção. Durante uma réplica em pergunta de Jorginho Melo (PL), o governador licenciado, Carlos Moisés (Rep), o acusou de ter praticado o crime de advocacia administrativa. Moisés argumentou que fez revisões em contratos da Casan, reduzindo o valor anual de um deles pela metade (De 100 para R$ 50 milhões). De acordo com ele, Jorginho o teria procurado solicitando que tal contrato não fosse revisado, pois este lhe interessava.
O candidato do PL acusou Moisés de mentir e anunciou que irá processá-lo por calúnia e difamação. No meio do debate, Esperidião Amin (PP), solicitou que Moisés desse mais detalhes sobre a denúncia, devido a gravidade do tema, mas não foi atendido pelo governador que se calou.
A acusação direta, vinda de um governador, mesmo que licenciado, é grave. Moisés terá que provar o dito, inicialmente apresentando o contrato revisto e detalhando o momento em que o pedido de Jorginho teria acontecido. Se o fizer, poderá trazer prejuízos a candidatura do opositor nesta reta final da eleição. Do contrário, passará recibo do "desespero" por ter apelado a uma mentira, dando munição ao advsersário.
