Esta semana ouvi de um secretário influente, em uma das prefeituras da região, que estava com saudades do ex-governador Moisés. Preservarei os nomes para evitar possíveis retaliações ao governo daquele Município, mas é fato que, salvo algumas exceções, o sentimento está também em outras prefeituras do extremo-sul por conta das obras paradas e repasses suspensos pelo governador Jorginho Mello (PL), que alega falta de recursos para cumprir todos os compromissos assumidos pelo antigo mandatário.
A verdade é que, depois da visita em maio, onde Jorginho teve audiências individuais com os prefeitos na sede da Amesc, esperava-se que os recursos começassem a ser descontingenciados, o que até agora, dois meses depois, não aconteceu. Enquanto isso as obras paradas vão se tornando mais caras e os prefeitos começam a ficar preocupado se elas terminarão antes da próxima eleição, quando muitos tentarão a reeleição.
Alguns inclusive acreditam que o caixa está sendo reservado para o pagamento do programa Universidade Gratuita, promessa de campanha de Jorginho, que começa a ser colocada em prática neste segundo semestre. Não é uma teoria que possa ser descartada, já que os volumosos recursos para as universidades comunitárias sairão do caixa único do Estado.
Fazendo justiça ao atual governador, o Moisés do qual os prefeitos sentem saudades é o da segunda metade de seu mandato. O do início ficou encastelado na Casa da Agronômica. Ao que parece, Jorginho está seguindo os mesmos passos, porém sem deixar de fazer política, engordando o caixa e também o time, já que muitos prefeitos veem na filiação ao PL uma forma de acelerarem estas liberações.
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