
Além de destravar de obras federais paradas em Santa Catarina, que prejudicam o desenvolvimento e tiram vidas de catarinenses, a aplicação de recursos estaduais em obras da União gera também um ganho político do governador Carlos Moisés sobre seu primeiro rival declarado, o senador Jorginho Mello (PL), pré-candidato ao governo.
O senador é o político catarinense mais próximo do governo Bolsonaro e é ele quem colheria os louros pela conclusão das obras, caso o Governo Federal estivesse com saldo em seu caixa. Mesmo com elas paradas, era a Jorginho que as lideranças políticas e empresariais recorriam para buscar uma solução. Com Moisés "resolvendo o problema", o senador perde importância nessas pautas e Moisés pode até posar como salvador da pátria.
Vale lembrar que Jorginho articulou nos bastidores para viabilizar o impeachment de Moisés e tentou até levá-lo para depor na CPI da Covid, quando a participação de governadores foi cogitada. Agora está recebendo o troco do bombeiro que parece ter aprendido a fazer política.