A coligação Gaivota para Todos, do candidato Kekinha (PSDB), está comemorando o resultado da última pesquisa Incope, publicada pelo Jornal Correio do Sul, que lhe aponta uma grande vantagem. Polêmicas relativas a pesquisas estão presentes em todas as eleições, quem está na frente comemora, quem está atrás questiona e o eleitor, em geral, fica dividido.
Porém, sem entrar no mérito da qualidade das pesquisas e se elas, cientificamente, acertam mais do que erram, não consigo visualizar uma diferença tão grande em favor de qualquer candidato em Balneário Gaivota. Ainda mais, num cenário com cinco candidaturas. Para mim, e esta é a opinião deste site, que pode ou não se confirmar, o resultado final da eleição será apertado. Não acredito em nada superior a 5% dos votos válidos.
O histórico gaivotense confirma isso. Mesmo em 2016, quando o prefeito Ronaldo Pereira (PP) era favorito, concorrendo à reeleição, e com 11 partidos coligados, a diferença para Kekinha foi de 6,4%.
Por repetir a candidatura em 2020, Kekinha conseguiu manter boa parte desse patrimônio eleitoral. Perdeu o MDB, que ajudou muito em sua votação, mas conseguiu apoio de partidos que estavam com o PP. Também conta com o fato de ser a possibilidade mais viável de mudança. Além disso melhorou, e muito, sua estrutura de campanha, principalmente na área de marketing. Por isso chega a reta final em condições de vitória.
Já o PP, teve dificuldades no início. Não teria candidato, mas acabou tendo, após a desistência do vice-prefeito, Machadinho (PSD). Dentro do cenário, a escolha por Carlinhos acabou se mostrando acertada pela capacidade de agregar e a vontade demonstrada ao longo da campanha pelo candidato. A aliança com o MDB será auferida nas urnas, mas é nítido o engajamento de boa parte da sigla. Juntos, PP, MDB mais PSD e PT fizeram sua campanha crescer. Por conta disso, também chega a reta final em condições de vencer, apostando na votação da região central.
O potencial dos demais candidatos é uma incógnita. Em condições normais, Marcelo (PRTB) e Ronaldo (PSC) devem brigar pelo terceiro lugar. Vão disputar o voto do eleitor contrário aos partidos e políticos tradicionais. Parecem ser muitos, mas, numa eleição municipal, onde há grande envolvimento da comunidade, este voto acaba sendo mais difícil de ser conquistado.
Domingo, dia 15, as urnas mostrarão o resultado. Antes, disso, só é possível afirmar que se trata de uma eleição histórica.
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