Quando optou em ingressar numa sigla pequena e neutra, o Republicanos, o governador Carlos Moisés apostava que poderia, somado ao sentimento de gratidão por sua gestão municipalista, angariar um grande número de prefeitos e lideranças em seu projeto de reeleição. O evento de sábado, dia 2, que marcou o lançamento de sua pré-candidatura, na Grande Florianópolis, mostra que, até o momento, a estratégia foi acertada.
Com a contabilidade de cerca de 100 prefeitos presentes, além de deputados de outros partidos, em especial do MDB, o governador conseguiu a amplitude desejada para o ato. A formação oficial da chapa ainda depende de um acerto com o MDB que convencionará no dia 23. Entretanto, a presença no palanque do presidente Edinho Bez, da maioria dos deputados e do ex-governador Eduardo Moreira mostra que a coligação é uma questão de tempo.
Dizem que a escolha da data, 2 de julho, foi para garantir que a lembrança dos recursos destinados ainda estivesse fresca na memória dos gestores municipais. Como era o prazo fatal para liberação de recursos, antes da eleição, talvez não houvesse necessidade de muitos destes 100, o que representa 1/3 do total catarinense, estarem lá. Os opositores garantem que os apoios diminuirão a partir de agora com o fim do que apelidaram de "show do milhão". Uma dúvida que só o tempo responderá.
