Depois de anos de tranquilidade, a próxima eleição para presidência da Amesc se apresenta, por enquanto, com clima bastante pesado nos bastidores. O PP, que elegeu seis dos 15 prefeitos, deseja indicar o presidente para 2025, primeiro ano dos novos mandatos dos gestores eleitos em 2024. Porém, a prefeita de Sombrio, Gislaine Cunha (MDB), tem articulado para que o MDB, que elegeu quatro prefeitos, fique com o primeiro ano da presidência e que ela seja a indicada pelo partido. Ouvido na condição de anonimato, um prefeito comentou: "Ela está querendo quebrar um acordo que vem sendo respeitado, e respeitar acordos é o princípio básico", disse.
Vale destacar que Gislaine poderia ser presidente da associação nos demais anos sem celeumas com os demais prefeitos. O conflito está na exigência do ano seguinte e para isso há um motivo oculto. A prefeita reeleita de Sombrio tem planos para uma possível candidatura a deputada estadual em 2026, provavelmente pelo PL. Tanto, que o coordenador regional do partido, seu genro André Fernandes, vem "ajudando" na missão da presidência. Nesse sentido, o comando da Amesc em 2025 ajudaria a regionalizar seu nome, potencializando as chances do projeto ser colocado em prática.
De acordo com o estatuto da Associação, o prefeito eleito de São João do Sul, Alex Bianchin (PP), começará o ano com o cargo, herdando o ofício de Moacir Teixeira (MDB), atual presidente. A condição será interina, até que haja a Assembleia Geral Ordinária com a definição da nova composição, provavelmente em fevereiro.