
Com a intenção de ouvir profissionais e famílias a respeito da criação de um projeto de lei que garanta a disponibilidade de um segundo professor a alunos da rede municipal que apresentem algum tipo de deficiência, vereadores de Sombrio estiveram reunidos na tarde desta quinta-feira, 27 de fevereiro, com representantes da Associação dos Servidores da Educação de Sombrio (Ases) e da Adiped.
O encontro foi realizado no plenário da Câmara e discutiu um texto que englobe todas as necessidades de quem atua e de quem precisa da educação especial e inclusiva. A autoria do projeto é do vereador José Eraldo Soares, o Peri (PP). Com a inclusão sendo tema relevante na sociedade atual e estando preocupados com as necessidades de uma parcela da população, vereadores deram início a um debate para a criação de um projeto de lei que institua a função de segundo professor na rede municipal de ensino.
O profissional seria responsável por garantir que estudantes que apresentem algum tipo de deficiência estejam incluídos no ambiente escolar. “Participamos recentemente de um seminário sobre inclusão da pessoa com deficiência na Assembleia Legislativa, onde buscamos informações a respeito desta necessidade do segundo professor. Assim, convidamos a sociedade civil organizada para trocarmos ideia sobre o assunto e, felizmente, vimos que um projeto como este pode trazer grandes benefícios a estas crianças e suas famílias”, salientam os vereadores que participaram do encontro.
O debate chamou a atenção para a necessidade de contratação de profissionais com a habilitação necessária para lidar com a educação especial, preparado para atender a alunos com diferentes graus e tipos de deficiência. “Temos muitos alunos com necessidades especiais em nossas escolas e a demanda aumenta cada vez mais”, explica a presidente da Ases, Fabiana Colares.
De acordo com representantes da Adiped, uma lei garantiria a presença deste profissional e, consequentemente, a frequência e inclusão destes alunos ao ambiente escolar. “Tendo essa pessoa preparada para atender estas crianças, haverá mais condições delas tornarem-se parte da comunidade escolar, estarem realmente incluídas com as atividades”, declara Fernanda Bristot, membro da Adiped e mãe de uma criança com deficiência.
Feito o primeiro debate, o próximo passo é o aprimoramento do texto e a criação de um projeto de lei, que tramitará pelo Legislativo até que esteja pronto para ir a plenário para votação.