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Jarbas Vieira

Capacitação prepara professores para início das aulas em Balneário Gaivota


Com diversão, mas muito conhecimento, foi aberto o ano letivo de 2020 em Balneário Gaivota. Dia 10, segunda-feira, as escolas abrem as portas para seus estudantes, porém os servidores da educação se reuniram para uma palestra com o educador Max Haetinger nesta quarta-feira. A secretária de Educação, Esadir Gomes Machado, falou do grande desafio da equipe da educação. “Receberemos cerca de 1800 alunos na rede municipal, sendo que o objetivo é garantir a todos a aprendizagem. Tenho certeza que possuímos uma equipe qualificada e contamos com vocês para cumprirmos nossa missão”.

Segundo a diretora administrativa da secretaria de Educação, Etel Martins de Oliveira, devido a particularidade do início das atividades com estudantes ser bastante cedo neste ano, a formação continuada dos professores que usualmente era na primeira semana de aula, foi dividida por etapas. “Abrimos a capacitação com o doutor em Ciências da Educação pela Universidade do Porto em Portugal, Max Haetinger, com larga experiência na área de educação, com ênfase na formação de professores. Ao longo do ano teremos um cronograma por área com novas capacitações”.

O prefeito em exercício, Evânio Íris Machado (Machadinho) deu as boas vindas à equipe. “Este momento serve para fortalecer este trabalho essencial que é a educação. Todos nós passamos pela escola e cada vez mais cedo temos este contato tão importante e especial”.

Afetividade modifica a inteligência

O educador Max Haetinger enfatiza que o objetivo na educação é a aprendizagem do aluno. “Importante sabermos por onde começar a aprendizagem. Segunda-feira abrimos as portas para isto. Há vários fatores que podem ser citados de como efetuar a aprendizagem, mas esta começa na inter-relação. Não adianta um livro bonito ou até ter internet na testa se não haver uma aproximação entre educador e o aluno. Se não houver proximidade o processo não se faz. E a inter-relação na prática é algo muito simples: a amizade. Quando se é amigo se tem afinidade”.

Max pontua que a primeira semana de aula é essencial para estabelecer a relação. A partir dali se saberá se ocorrerá um bom ano ou não. “Preciso conhecer o aluno e ele me conhecer. E ser amigo demanda esforço e três coisas dificultam esta relação: idade, cultura e interesses. É preciso estreitar a relação entre estes itens. E há outro desafio: são nativos digitais os atuais estudantes. Neste século requer esforço do professor e capacidade de mudança. E não está mais em fase de debater se é preciso usar a tecnologia ou não. É hora de discutir a forma e a intensidade de seu uso na educação”, esclarece Max.

O educador defende a coragem para adaptação. “Qualquer área precisa de renovação, é como um médico no passado que a operação era um processo muito maior que hoje por imagem. E quando me adapto eu consigo reduzir a distância daqueles três fatores de barreira: idade, cultura e interesses”.

Outro tema abordado por Max, foi a necessidade de trabalhar em rede por parte da equipe. “Viemos de um mundo que usava o ditado ‘cada um por si e Deus por todos’. Os nativos digitais já convivem com a questão do compartilhamento e isto é um ponto positivo. A ostentação que víamos como algo feio, se tornou comum. É preciso saber o que mostrar e trabalhar em rede, compartilhar. É uma qualidade das crianças atuais: compartilhamento. Os trabalhos em grupo, conforme muitos autores, passa a ser atualmente o foco. O trabalho individual pode ser uma porcentagem menor”.

Acrescenta que muitos citam que as crianças são muito agitadas, mas lembra que os estímulos também são muito maiores desde a barriga. “Não é culpa de ninguém. São as mudanças. Outra mudança é a tecnologia em que um menino de condições humildes de Gaivota pode ter o mesmo acesso em rede que o filho do Bill Gates. É inegável a inteligência e domínio que possuem. Os jogos dos quais utilizam mostram isto. Mas por que na escola muitas notas são ruins? A afetividade modifica a inteligência. Desde cedo estão inseridos na escola já que os pais estão no trabalho e o currículo mudou. E a atenção um por um, passa de um professor para 20 alunos. Mas se o educador conseguir o afeto da criança melhora o processo. E é um processo em rede. Desde o transporte escolar até a hora da merenda. Ao equilibrar o afeto, a aprendizagem melhora. Ao aproximar interesses se dá a relação socioafetiva”.


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