Fora do ar há algum tempo devido a problemas no pulmão, o comunicador Cláudio Silva faleceu nesta manhã, aos 61 anos, para tristeza dos familiares, amigos e milhares de ouvintes que o acompanharam ao longo de sua extensa carreira no rádio.

Dono de uma voz potente, inconfundível, passou pelas três rádios de Sombrio onde apresentou, com maestria, seu plantão policial com o “dia a dia da polícia”, como costuma falar em suas aberturas. Nos últimos anos também investiu, com sucesso, na área esportiva, com transmissões de campeonatos amadores da região e ancorou alguns programas jornalísticos, neste caso com algumas dificuldades, que ele mesmo com sua humildade admitia. A principal era manter a seriedade em determinadas entrevistas e assuntos. Quem o conhecia, sabia de sua tendência a tratar com humor qualquer tema, o que deixava sua vida “mais leve”. Apesar das brincadeiras, sempre foi correto e respeitoso com ouvintes e entrevistados, cumprindo com o dever de levar a informação até a outra ponta.

Cláudio era uma figura singular. Mesmo com mais de 50 anos, apresentava uma inocência incomum ao tratar de alguns assuntos, como política e economia. Algo ruim para o campo profissional, mas que certamente contribuía para ser alguém tão especial na vida pessoal.

A maioria dos ouvintes ficará com suas lembranças profissionais. Que certamente serão boas. Mas que o conheceu mais a fundo, como familiares, amigos e aqueles que tiveram a oportunidade de trabalhar e aprender com ele, ficarão as melhores lembranças. Apesar de ser um “monstro sagrado do rádio”, termo que ele utilizava para enaltecer alguns profissionais, Cláudio era uma pessoa ainda melhor.

Que um de seus bordões mais famosos (“o programa acabou, mas a polícia não pára!”) sirva de consolo e lema para os familiares. Infelizmente, o programa de Cláudio aqui, neste mundo, acabou. Mas, para os que ficam, a vida não pára. Até a próxima!