Depois de uma estabilidade partidária verificada nos últimos anos, os atuais prefeitos da Amesc têm mostrado que disputar a eleição por uma sigla e terminar o mandato por outra pode ser algo corriqueiro. De 2017 para cá três prefeitos da região já deixaram seus partidos e outros dois podem seguir o mesmo caminho. O primeiro a mudar, em 2018, foi o prefeito de São João do Sul, Moacir Teixeira que saiu do PSD e filiou-se no MDB. Neste caso a troca já era especulada nos bastidores desde sua eleição, tendo sido uma condição para que o MDB lhe apoiasse. Em 2019, dois prefeitos do Vale deixaram seus partidos. O primeiro foi Arlindo Rocha, de Maracajá, que desfiliou-se do PSDB. O argumento foi o voto favorável da deputada Geovânia de Sá a Reforma da Previdência. Interessante que a deputada votou de acordo com a recomendação de seu partido. Para Arlindo, se a parlamentar tivesse votado contra, ele permaneceria no ninho, mesmo o partido no geral votando a favor, o que é bastante incoerente. Por enquanto, Arlindo está sem partido, mas caso deseje ir a reeleição precisará de uma legenda. Os tucanos agiram rápido e trouxeram para o time o prefeito de Balneário Arroio do Silva, Juscelino Guimarães, que saiu do PSD. Para este ano ainda será consumada a saída de Eder Matos do PSB para o PL. Sobre Eder, interessante notar o quanto o prefeito tem valorizado essa mudança. Ficou metade do ano anunciando que iria sair. Agora, está dedicando o segundo semestre para alardear que irá para o PL, mas só em dezembro. É como se esperasse por algo melhor até lá. Por fim, quem também pode trocar de sigla é o prefeito de Praia Grande, Henrique Maciel (PSDB), que perdeu a sintonia com o comando do partido em nível municipal e está sendo fortemente assediado pelo PSL. Se a troca for consumada consumar 1/3 dos prefeitos terão deixado os partidos pelos quais se elegeram, algo que há tempos não era registrado.