Alguns vereadores não ficaram nada satisfeitos com uma reunião realizada na sexta-feira, a pedido da ACIS – Associação Comercial e Industrial de Sombrio. A postura desrespeitosa do presidente Gustavo Veiga, que solicitou a reunião, incomodou os parlamentares. Na pauta do encontro estava o pedido de apoio a três reivindicações da Associação: Participação no Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico, participação no Conselho Regional de Desenvolvimento Econômico e um aporte financeiro para que a ACIS promova cursos de qualificação de mão de obra. Antes mesmo de a reunião começar, o presidente já ameaçava ir à imprensa caso os vereadores não chegasse para o encontro, que havia sido protocolado na quarta-feira. Uma mostra de que o clima já estava quente. Depois, quando o presidente Adenir Duarte, o Janga (MDB), abriu os trabalhos houve troca de farpas com o vereador Paulo Humberto Borges (MDB). Para defender a tese da necessidade dos cursos, o presidente usou o argumento de terra arrasada, dizendo que em Sombrio não havia investimentos na área, que as empresas estão à míngua, a maioria próxima de fechar, que a mão de obra qualificada precisa ser trazida de Criciúma, que no comércio não há qualificação no atendimento e que o Sistema S, do qual o Senai faz parte, não é bom para a demanda local. Também fez apontamentos com relação ao plano diretor e por mais de uma vez perguntou se a Câmara de Vereadores seria a favor ou contra os empresários. Paulinho respondeu que muitas empresas em Sombrio estão indo bem, e que a prefeitura investiu no retorno do Senai e ofereceu cursos. Segundo ele, a oferta gratuita diminuiu por conta da decisão do Governo Federal, ainda na época do presidente Michel Temer (MDB), de suspender o Pronatec. Alegando compromissos, alguns vereadores acabaram deixando a reunião. Como encaminhamento, ficou decidido a tentativa de um novo encontro, desta vez com representantes da Administração Municipal. Porém, se a forma de condução não for diferente, dificilmente a ideia irá prosperar.