Os números das pesquisas em Santa Catarina mostram o quanto é personificado e intransferível o capital eleitoral do candidato a presidente, Jair Bolsonaro (PSL). Por ser líder dos levantamentos no Estado, com grande possibilidade de colher em solo catarinense a maior vitória proporcional do primeiro do turno, as lideranças que entraram sem seu time acreditavam que conseguiriam aproveitar a “onda” e se beneficiar eleitoralmente. Mas, pelo que se vê, Comandante Moisés, candidato ao Governo, e Lucas Esmeraldino, candidato ao Senado, não devem chegar aos dois dígitos na votação de 7 de outubro. Isso também liga o alerta para a campanha de Rodrigo Turatti, a deputado estadual, cuja única chance de chegar ao Legislativo é contar com os votos dos bolsonaristas. Hoje, o eleitor de Bolsonaro é o mesmo que vota em candidatos a deputado, senador e a governo do PP, PSDB, PSD, MDB e por aí afora. Trata-se de uma candidatura suprapartidária. Para o time de Bolsonaro em Santa Catarina resta torcer para que o presidenciável se eleja e possa aproveitá-los em seu governo.