Por mais que venha se esforçando, o candidato a deputado estadual de Rodrigo Turatti (PSL) não tem conseguido se firmar como um candidato raiz do partido de Jair Bolsonaro e, surfar na sua popularidade. Seu recente passado, de esquerda, pesa contra o araranguaense. Tanto Bolsonaro, quanto seus seguidores, pregam aversão a políticos e candidaturas esquerdistas. Logo, o ex-vice prefeito pelo PDT, coligado com o PT, amicíssimo do ex-prefeito petista Sandro Maciel (PT), acaba não sendo tão bem quisto pelos bolsonaristas locais, que começam a procurar por outras opções, mais identificadas com seus propósitos. Já entre os antigos aliados, que poderiam ser um porto seguro, Turatti também acaba sendo visto com ressalva, por conta do novo posicionamento. É a candidatura mais incoerente, do ponto de vista ideológico, da região. Um político que migra de sopetão de um para o outro extremo, só atesta fisiologismo, interesse exclusivo pelo cargo, e nenhuma identificação com os temas defendidos por sua sigla. E isso ajuda a explicar porque a política brasileira se apresenta como está.
- Jarbas Vieira