Desde que o assunto cassação dos mandatos de cinco vereadores do MDB e PSB de Sombrio veio a tona, os parlamentares vem sofrendo críticas por uma parcela da população, especialmente pelos que se manifestam nas redes sociais. Alguns por maldade, outros por falta de entendimento, atribuem aos vereadores adjetivos pejorativos, a maioria referindo-se a compra de votos, o que não aconteceu, neste caso. A cassação, segundo o TRE, se deu pelo fato de a coligação ter registrado candidaturas de mulheres que, de fato, não teriam concorrido, infringindo a lei que determina cota mínima de 30% de candidaturas femininas. Na prática, com menos mulheres o número de candidaturas masculinas teria que ser menor, e foi nessa linha que o TRE decidiu pela perda dos votos de toda a chapa, o que gerou a cassação dos parlamentares. Individualmente, nenhum dos eleitos cometeu irregularidade na conquista de suas votações. Os vereadores tem se mostrado incomodados com a decisão e também com as críticas da população. Na tribuna, Daniel Palito (PSB), foi um dos que se manifestou. “Eu fiz minha campanha, me concentrei nela e não sei porque a candidata A ou B não trabalhou. Se eu for cassado por esse motivo, saio com minha consciência tranquila”, disse. A defesa dos vereadores entrou com embargos no próprio TRE e também com um pedido de liminar no TSE. Os embargos servem para ganhar tempo, que já está se esgotando, enquanto que a liminar tem o efeito de suspender a decisão até que o mérito seja analisado pelo Tribunal Superior Eleitoral.