- Jarbas Vieira
O futuro da Nação nas mãos do Congresso

Deputados e políticos catarinenses que têm se manifestado após o vazamento da delação dos proprietários da JBS, que gravaram o presidente Michel Temer (PMDB) concordando com o pagamento de propina para o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB), creem que seu ciclo como chefe do Poder Executivo esteja encerrado. O peemedebista cairá pelas mãos do Congresso, que tenta forçar uma renúncia (mais rápido), ou através de processo de impeachment (mais demorado) ou ainda no STF que tem julgamento do pedido de cassação da chapa Dilma/Temer em 06 de junho. Seja qual for o método aplicado, recairá sobre o Congresso Nacional com seus deputados e senadores, o destino na Nação, através de uma escolha indireta. O eleito, ou, eleita, poderá ser tanto um congressista, como um cidadão comum, com maiores chances para a primeira hipótese. Encontrar alguém com currículo invejável, ficha limpa e que agregue políticos e população é uma tarefa bastante complicada. Alguém de “fora” poderia ser melhor aceito pelos brasileiros, mas é difícil imaginar deputados e senadores passando o comando da Nação para alguém fora de suas relações. Por conta disso, a verdade é que na história recente, nunca o País precisou tanto do Congresso. Ironicamente, nunca, em toda a história, o Congresso pareceu ter tão pouco a oferecer.