A vaidade é uma característica da maioria dos políticos. Muitas vezes, ela suplanta até a razão. Com o nosso governador, Raimundo Colombo (PSD), não parece ser diferente. Pré-candidato anunciado ao Senado, Colombo vem costurando acordos que possam lhe devolver o título de mais votado para a Câmara Alta. Em 2006, quando foi convencido por Luiz Henrique da Silveira (PMDB) a não disputar o governo e candidatar ao Senado, Colombo atingiu a marca de 1.734.794 votos, um recorde para o momento. Porém, em 2010, ele perdeu o posto de mais votado para o próprio LHS que fez 1.784.019 votos. Em 2014, o mais votado foi Dário Berger (PMDB), que chegou a 1.308.521 sufrágios, ou seja, quase 500 mil votos a menos. Para 2018, serão duas vagas em disputa, o que aumenta o número de candidatos e, por conseguinte, diminui a votação de todos. Talvez por isso Colombo esteja interessado no chapão, com PSD, PMDB, PP e PSDB e outros partidos. Não seria nada mau para o currículo, que já tem três mandatos como prefeito de Lages e duas vitórias no primeiro turno como governador, ser, de novo, o candidato catarinense mais votado da história para o Senado.