A vitória com 1879 votos de vantagem sobre Gilberto Oliveira (PP) colocou Zênio Cardoso (PMDB) no seleto clube dos prefeitos reeleitos de Sombrio, ao lado dos falecidos José Tiscoski, Arlindo Cunha e do atual deputado estadual José Milton Scheffer (PP). Mais do que isso, Zênio imprimiu a vitória com maior diferença numérica num confronto entre PMDB x PP. Não é pouca coisa. O conjunto da obra teve méritos do prefeito, que soube virar um quadro difícil de início de mandato para um momento positivo, em sua segunda metade, e de uma grotesca falta de articulação da oposição. O PP poderia até ter perdido, mas a diferença de quase dois mil votos se concebeu pela dificuldade da oposição em conseguir formatar uma candidatura sólida. Há de se ressaltar também que Gilberto Oliveira merece o respeito dos progressistas. Se ele “devia” alguma coisa ao PP por conta dos anos que ocupou cargos de confiança, a conta foi paga, com juros, assumindo uma candidatura com mínimas chances de vitória, quando figuras de mais estopo, como a mulher do deputado estadual Zé Milton, Juçara Scheffer (PP), e o tio do deputado, Hélio Matos, não tiveram a mesma coragem. Zênio, que não tem nada haver com isso, tem o direito de curtir a vitória. Nunca um candidato a prefeito foi tão judiado nas redes sociais como ele em Sombrio. Foram vários apelidos como “Zenóquio”, “Coronel Saruê”, dentre outros. Pelo resultado, “fake” além de não votar, pouco convence também.
- Jarbas Vieira