Pré-candidato do PP a prefeito de Sombrio, Gilberto Oliveira, tem um motivo a mais para se dedicar 24 horas por dia à campanha no Município: livrar a barra do deputado estadual José Milton Scheffer. Explico: a forma descoordenada com que o PP chegou até a definição do nome de Gilberto, com a visível falta de aliados, está sendo colocada na conta do deputado pelos adversários, e também por muitos militantes do próprio partido, em conversas reservadas. Os mais exaltados chegam a dizer que Zé Milton está seguindo a cartilha do deputado estadual Manoel Mota (PMDB), em Araranguá, onde o PMDB está há duas décadas sem vencer uma eleição majoritária, mesmo quando compôs como vice. E a lição número “um” dessa cartilha é: formar apenas cabos eleitorais e não deixar que outras lideranças despontem no partido. Por isso, são três os cenários possíveis após a totalização dos votos em 2 de outubro: a) Gilberto vence e o deputado Zé Milton se consagra; b) Gilberto perde numa campanha acirrada e todos saem com a sensação de dever cumprido; c) Gilberto perde por uma diferença relevante e a “casa cai” para o deputado. Por conta disso, os esforços progressistas estarão todos voltados para evitar esta última hipótese.